2011-02-24

Acabei de ler o livro "A ilha debaixo do mar" de Isabel Allende

Fico sempre de pé atrás quando se trata de ler livros traduzidos. Mas não foi o caso com todos os livros que li de Isabel Allende. Aquele que mais me marcou foi sem dúvida "A casa dos espíritos". Relativamente a este, a autora remete-nos para o séc. XVIII, mais concretamente para Saint-Domingue, a ilha que será hoje chamada de Haiti, penso eu. As fazendas, as plantações de açúcar, a escravidão, o desenrolar de histórias familiares, intrigas, e a luta por parte dos escravos pela abolição da escravatura. Algum dramatismo em algumas partes do livro com descrições tão pormenorizadas, tão realistas que chegaram mesmo a chocar-me e tive momentos em que tive vontade de desistir de ler este livro. Mas não desisti, aguentei firme, porque ao mesmo tempo também se tornou viciante. Um vício de 511 páginas, completamente colada a esta história. Uma história cujo final não seria aquele que eu esperaria. A teimosia de um casamento incestuoso de dois meios irmãos, ele fruto do matrimónio do fazendeiro Valmorain, e ela fruto dos abusos sexuais que este fazendeiro mantinha com a escrava Zarité. Os dois, Maurice e Rosette, juntos desde a infância, desejavam contra tudo e contra todos prolongar esta união, não fosse a tragédia bater-lhes à porta. E fico-me por aqui. Há mais para ler no livro.

´O Verão`

«No Verão devíamos, não por imposição legal mas por serena disciplina interior, ser obrigados a perder-nos. A perder-nos no que nos rodeia. ...