2010-12-03

Felizmente já não estamos isolados na neve. O céu está limpo desde madrugada o que favoreceu a acumulação de gelo por cima da neve, infelizmente. E hoje de manhã a entrada da minha casa estava nesse estado, obrigando-me a pôr as mãos e os joelhos no chão, caso contrário partiria ossos com toda a certeza.

Mas, ao mesmo tempo que me sinto bem viver num sítio calmo, tranquilo e em contacto com a natureza, preciso logo a seguir do oposto, da confusão citadina, do burburinho constante, da azáfama, da vida apressada, da adrenalina. Tento manter a harmonia e o equilíbrio entre estes dois mundos, tão diferentes e tão necessários ao meu equilíbrio emocional.
Quando chegamos quase aos quarenta, precisamos sobretudo disso, de nos mantermos equilibrados na corda da vida.

2010-12-02

a neve regressa em força

Isolados no meio da neve, poderia muito bem ser o título de um livro, quiçá de um filme ou qualquer coisa semelhante. Mas não. É a frase que ilustra bem a realidade deste momento. E quer parecer-me que a coisa vai ficar muito complicada à medida que anoitece e ainda não estamos todos em casa. O manto branco que cobre tudo o que a minha vista alcança, faz as delícias dos mais novos, mas também cria algumas dores de cabeça aos mais velhos.

2010-12-01

o Sol volta a brilhar e enche-me as medidas, entra-me pela casa adentro e aquece-me o coração e a alma. Aqui e ali ainda se vêem bocados de neve que a luz do sol ainda não conseguiu derreter. O tempo está sereno, a natureza em harmonia... tudo parece perfeito. O Inverno no seu esplendor.

2010-11-30

"O Vendedor de Passados" de José Eduardo Agualusa

Ainda antes de escrever um pequeno excerto deste livro que estou a ler, quero dizer-vos que em relação à neve também há o reverso da medalha, porque está um frio de rachar, as estradas estão pouco transitáveis, há gelo na estrada e eu não gosto que me condicionem os movimentos... mas a paisagem, essa, exibe uma beleza única e divinal.

Excerto do livro de José Eduardo Agualusa, "O Vendedor de Passados", pág.122:
"Lembro-me de um quintal estreito, de um poço, de uma tartaruga dormindo na lama. Ia um bulício de gente para além das grades. Recordo ainda as casas baixas, afundadas na luz fina (como areia) do crepúsculo. A minha mãe estava sempre a meu lado, uma mulher frágil e feroz, ensinando-me a recear o mundo e os seus perigos inumeráveis.
«A realidade é dolorosa e imperfeita», dizia-me, «é essa a sua natureza e por isso a distinguimos dos sonhos. Quando algo nos parece muito belo, pensamos que só pode ser um sonho e então beliscamo-nos para termos a certeza de que não estamos a sonhar. A realidade fere, mesmo quando, por instantes, nos parece um sonho. Nos livros está tudo o que existe, muitas vezes em cores mais autênticas, e sem a dor verídica de tudo o que realmente existe. Entre a vida e os livros, meu filho, escolhe os livros.»."

2010-11-29

um motivo para não haver aulas e o meu filho a rebolar-se todo na neve com os amigos... há momentos bem fixes.

cai neve

está a nevar na minha terra. a 700 metros de altitude e tal como as previsões o indicavam, aí está a neve a cair, a toda a velocidade. Um espectáculo bem bonito de se ver, sim senhora

2010-11-28

e depois de fazermos a árvore de natal na cozinha, esta iluminou-se, encheu-se de luz, de cor, de magia. o natal é isto.
... até a nossa gata ficou com os olhos ternurentos!

´O Verão`

«No Verão devíamos, não por imposição legal mas por serena disciplina interior, ser obrigados a perder-nos. A perder-nos no que nos rodeia. ...