2010-09-10

às vezes a mudança faz bem...!!!

No final do ano lectivo andei bastante perplexa sobre o futuro escolar do meu filho. 7º ano e agora, transfiro-o de escola, não transfiro?! As dúvidas persistiram durante bastante tempo. Por um lado ele não queria deixar esta escola porque isso queria dizer que deixaria alguns colegas que gostava, por outro lado o rigor e a exigência nesta escola colocavam-na um bocadinho aquém das minhas expectativas para ele.
Sou defensora de escolas mais pequenas, turmas mais pequenas, professores mais motivados, que levarão consequentemente a alunos mais motivados. Ninguém se esquece de um ou outro professor fora de série, fantástico, fabuloso que marcou a nossa vida para sempre e que jamais o esqueceremos, porque ficou dentro de nós, do nosso coração e que eventualmente, mesmo sem o querer, tenha influenciado o nosso futuro.
A reunião de hoje de manhã com a directora de turma, deixou-me uma boa impressão da nova escola do meu filho. Esperemos então que tudo corra pelo melhor.
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Eu sei, eu sei que não existem escolas perfeitas, alunos perfeitos e muito menos filhos que gostem de estudar muito e pais que tenham muito tempo para os ajudar mas... enfim, apesar disso, e enquanto mãe, eu tenho todo o direito de exigir o melhor do mundo para ele.

2010-09-07

o retomar do exercício físico

Depois de um Verão sem fazer qualquer tipo de exercício físico e consequentemente com mais 3 kg no lombo, finalmente, hoje enxerguei-me e arranjei 30 min do meu tempo para ir caminhar. Foi óptimo porque esta chuva fez refrescar um pouco o tempo, criando uma temperatura bastante agradável para as caminhadas.

2010-09-06

O preço exorbitante dos manuais escolares

Pois é meus senhores, hoje foi o meu dia de folga e toca a comprar os livros escolares para o meu filho que vai para o 7º ano. Em 6 disciplinas gastei nada mais, nada menos que a módica quantia de 158,06 €.

Ed Tecnológica 18,19 €
Viagens (Geografia) 32,18 €
História 28,35 €
Inglês 28,25 €
Português 18,95 €
Matemática 32,14 €

Ainda faltam os livros de:
Francês
Ciências
E. Visual
Ed. Física
Física - Química
Moral

Bem, ainda eu só tenho um filho, imaginem quem tem vários. E depois isto vem tudo em packs e é impossível não comprar os livros todos.

"A Racionalidade Irracional"

"Eu digo muitas vezes que o instinto serve melhor os animais do que a razão a nossa espécie. E o instinto serve melhor os animais porque é conservador, defende a vida. Se um animal come outro, come-o porque tem de comer, porque tem de viver; mas quando assistimos a cenas de lutas terríveis entre animais, o leão que persegue a gazela e que a morde e que a mata e que a devora, parece que o nosso coração sensível dirá «que coisa tão cruel». Não: quem se comporta com crueldade é o homem, não é o animal, aquilo não é crueldade; o animal não tortura, é o homem que tortura. Então o que eu critico é o comportamento do ser humano, um ser dotado de razão, razão disciplinadora, organizadora, mantenedora da vida, que deveria sê-lo e que não o é; o que eu critico é a facilidade com que o ser humano se corrompe, com que se torna maligno.
Aquela ideia que temos da esperança nas crianças, nos meninos e nas meninas pequenas, a ideia de que são seres aparentemente maravilhosos, de olhares puros, relativamente a essa ideia eu digo: pois sim, é tudo muito bonito, são de facto muito simpáticos, são adoráveis, mas deixemos que cresçam para sabermos quem realmente são. E quando crescem, sabemos que infelizmente muitas dessas inocentes crianças vão modificar-se. E por culpa de quê? É a sociedade a única responsável? Há questões de ordem hereditária? O que é que se passa dentro da cabeça das pessoas para serem uma coisa e passarem a ser outra?

Uma sociedade que instituiu, como valores a perseguir, esses que nós sabemos, o lucro, o êxito, o triunfo sobre o outro e todas estas coisas, essa sociedade coloca as pessoas numa situação em que acabam por pensar (se é que o dizem e não se limitam a agir) que todos os meios são bons para se alcançar aquilo que se quer.

Falámos muito ao longo destes últimos anos (e felizmente continuamos a falar) dos direitos humanos; simplesmente deixámos de falar de uma coisa muito simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso, de facto, não posso entender, é uma das minhas grandes angústias. "

José Saramago, in "Diálogos com José Saramago"

´O Verão`

«No Verão devíamos, não por imposição legal mas por serena disciplina interior, ser obrigados a perder-nos. A perder-nos no que nos rodeia. ...