2011-10-01

Sonho

Estou num impasse e numa angústia entre o começo de um novo trabalho diferente daquele que tive anteriormente e a viagem do meu filho e do meu marido a uma cidade estrangeira. Viagem esta que começou quinta-feira à noite e que, para mim, parece interminável. Ao contrário deles que estão todos divertidos. Ainda bem, ainda bem, repito para mim mesma enquanto respiro fundo o oxigénio que me liga à vida. Volto a respirar fundo e parece que me sinto bastante melhor. Esta camisola que me aperta e que não consigo arrancá-la de uma vez e deitá-la ao lixo. Está assim colada a mim como se fosse a minha própria pele.

Esta noite sonhei que andava perdida num edifício público enorme. Que tinha começado a trabalhar algures por ali e ao mesmo tempo não conseguia mexer-me, movimentar-me. As minhas pernas estavam quietas, não se mexiam. Ouvia risos e murmurinhos das minhas colegas, como se de escárnio se tratasse. Ao mesmo tempo eu debatia-me com a lentidão das minhas pernas. Tinha de sair daquele edifício. O meu filho? Tinha de ir buscar o meu filho que estava com os primos, mas antes tinha de ir ter com o meu marido que estava ali perto mas não conseguia encontrar o caminho. O edifício que parecia um labirinto e as pernas que mal se mexiam. Deparo-me com um jantar de gala. Fiquei confusa. O carro, o meu carro está na garagem . Onde é a garagem? pergunto a alguém. Finalmente saio do edificio e deparo-me com uma cidade enorme, muito grande, muito movimentada e uma banda de música que passa apressada. Reconheço uma única cara e pergunto-lhe se sabe sair dali. Ele com ar sorridente responde-me.
Não oiço a resposta e acordo.

´O Verão`

«No Verão devíamos, não por imposição legal mas por serena disciplina interior, ser obrigados a perder-nos. A perder-nos no que nos rodeia. ...